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Ibovespa fecha abril com alta de 3,6% e mantém otimismo para maio; dólar encerra o mês em R$ 5,67

Ibovespa fecha abril com alta de 3,6% e mantém otimismo para maio; dólar encerra o mês em R$ 5,67

Mercado brasileiro encerra abril com bolsa em alta e dólar em queda, puxado por fluxo externo e commodities, mesmo com ruído fiscal no radar.

O Ibovespa encerrou o mês de abril com valorização acumulada de 3,6%, sustentando a sequência de recuperação da bolsa brasileira em 2025. No último pregão do mês, o índice subiu 0,70%, alcançando os 135.171 pontos, apoiado pelo bom desempenho de Wall Street e pela expectativa de estabilidade na política monetária dos EUA.

Apesar da liquidez reduzida devido ao feriado nacional, o otimismo prevaleceu entre os investidores, especialmente diante de um cenário global mais benigno para ativos de risco e sinais de fluxo estrangeiro contínuo para mercados emergentes.

Por outro lado, o dólar comercial encerrou o mês em alta, cotado a R$ 5,67, refletindo ajustes de fim de período e um movimento global de fortalecimento da moeda americana.

Setores que puxaram a alta

A valorização do Ibovespa em abril foi impulsionada por:

  • Ações de bancos, beneficiadas pela perspectiva de manutenção da Selic;

  • Exportadoras, favorecidas pela desvalorização do real e demanda externa;

  • Empresas de commodities, em especial petróleo e papel e celulose.

A entrada de capital estrangeiro, combinada com dados mais estáveis de inflação e atividade no Brasil, contribuiu para o apetite por ações locais, mesmo em um contexto de incertezas fiscais.

O que esperar de maio

Analistas projetam que o otimismo pode continuar no curto prazo, desde que o cenário externo não se deteriore e que o governo brasileiro consiga apresentar sinais de maior compromisso com a responsabilidade fiscal.

Os principais pontos de atenção para o próximo mês incluem:

  • A reunião do Copom, que pode consolidar expectativas sobre a Selic;

  • A condução da política monetária nos Estados Unidos, com atenção às falas do Fed;

  • O desenrolar de possíveis tensões geopolíticas e comerciais no cenário internacional.

Perspectivas: cautela com viés positivo

Embora o mês de abril tenha sido positivo para o mercado de ações, a combinação entre câmbio pressionado, juros globais elevados e instabilidade política local exige uma postura ainda cautelosa.

A tendência de médio prazo dependerá diretamente da consistência dos dados econômicos e do equilíbrio entre risco fiscal e crescimento. No radar do investidor, maio começa com viés positivo — mas sem espaço para euforia.

Vitor Polinski

Vitor Polinski

Vitor Gabriel Polinski é Sócio e COO da Libertom LLC, além disso é redator da Libertom News, trazendo análises aprofundadas sobre liberdade financeira, tecnologia e mercados digitais. Com experiência em marketing estratégico e gestão empresarial, seu foco é traduzir temas complexos em insights acessíveis, conectando inovação e conhecimento para a nova economia.