Fundamentos de Preservação de Valor: Um Guia Completo para Proteger Seu Patrimônio
Seu Dinheiro Está Perdendo Valor Enquanto Você Dorme: O Guia Completo Para Proteger Seu Patrimônio da Erosão Silenciosa da Inflação
Economista Thiago Bernardino prevê aumento significativo nos preços do boi gordo até 2026, impulsionado por fatores como menor oferta de fêmeas, câmbio favorável e possível abertura de novos mercados internacionais.
O valor da arroba do boi gordo, atualmente cotado em R$322 conforme o indicador Cepea/Esalq, pode alcançar o patamar de R$400 até o final de 2025 ou 2026, segundo projeção do economista e pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino.
Durante sua participação na Tecnoshow Comigo, Bernardino explicou que este aumento dependerá de diversos fatores como variação cambial, inflação, comportamento do consumo doméstico e abertura de novos mercados internacionais, especialmente Coreia do Sul e Japão.
"Esse é um cenário para o fim de 2025 ou final de 2026, mas vai depender de todos esses fatores. Ainda tenho dúvidas se o preço pode atingir esse patamar, dado que temos muita oferta", afirmou o especialista ao Money Times.
O cenário base do Cepea aponta para valores entre R$370 e R$380 para o preço da arroba até o final deste ano. "Se o boi chegar em R$380, com certeza vamos ver negócios em R$400, isso por conta de prêmios e garantia de escala", explicou Bernardino.
Em sua palestra sobre o "Panorama da Pecuária de Corte: Cenários e Tendências para os próximos anos", o pesquisador destacou que o mercado já enfrenta uma virada de ciclo do boi, caracterizada por um período mais favorável de preços, resultado da menor oferta de fêmeas e bezerros.
A guerra comercial promovida pelo governo de Donald Trump, através da imposição de tarifas pelos EUA, impacta diretamente o câmbio brasileiro e, consequentemente, o setor pecuário nacional – criando um cenário favorável para as exportações brasileiras.
O especialista apontou que o câmbio entre R$5,50 e R$6,00 favorece significativamente o setor exportador brasileiro. Além disso, os níveis globais de estoques de carne estão nos patamares mais baixos dos últimos 20 anos, o que contribui para a elevação dos preços.
Bernardino destacou o papel crucial da China na determinação dos preços globais de alimentos. "A China tem 1,5 bilhão de pessoas, qualquer movimento dela mexe com o mercado. O Trump e a China sabem que qualquer peça que eles mexerem no tabuleiro arrebenta o mercado", explicou.
O economista observou que a inflação alimentar chinesa, quando em alta, impulsiona a demanda por fertilizantes e, consequentemente, eleva os preços globais de insumos agrícolas no período seguinte.
"A inflação na China está acomodada. Para a soja do Brasil bater R$200,00 de novo, só se um grande player vir comprar muito grãos aqui do Brasil como a China ou Índia, ou se os Estados Unidos tiver um problema gravíssimo", analisou.
Para o mercado de boi gordo, Bernardino projeta que "o boi só vai bater R$450,00 quando Japão e Coreia do Sul abrirem o mercado", ressaltando que esta possibilidade é mais factível para a pecuária do que para outros setores como a soja.
O especialista alertou, entretanto, para riscos na economia brasileira, afirmando que o aumento da concessão de crédito, combinado com a expansão de gastos públicos, pode levar o país a enfrentar dificuldades econômicas significativas a partir de 2027.
"O Brasil está vendendo muito em supermercados, mais do que roupa, mais do que móveis, mais do que carro. Estamos concedendo muito crédito e temos a maior renda dos últimos anos, só perdendo para o período do auxílio emergencial na pandemia. Se o governo não tiver cortes, ele paralisa em 2027", alertou.
Para a pecuária, Bernardino prevê que o bom momento de preços deve permanecer até 2027, coincidindo com a entrada de um novo governo que, segundo sua análise, será forçado a implementar cortes orçamentários para equilibrar as contas públicas.
Lucía é economista com foco em mercados cambiais e políticas monetárias. Ela traz aos leitores análises profundas sobre o impacto das flutuações das moedas nas economias locais e globais.
Seu Dinheiro Está Perdendo Valor Enquanto Você Dorme: O Guia Completo Para Proteger Seu Patrimônio da Erosão Silenciosa da Inflação
O Cone Sul da América Latina representa um dos cenários macroeconômicos mais fascinantes e desafiadores do mundo contemporâneo. Composto principalmente por Argentina, Brasil e Uruguai, esta região oferece um verdadeiro laboratório a céu aberto para compreender como diferentes abordagens de política monetária, fiscal e cambial podem produzir resultados dramaticamente distintos
Os livros de economia estão repletos de teorias elegantes sobre inflação, desvalorização monetária e preservação de valor. Porém, nada ensina mais efetivamente sobre estes conceitos do que examinar casos reais onde pessoas comuns enfrentaram situações extremas de instabilidade econômica. Cada crise monetária da história oferece lições práticas sobre quais estratégias funcionam durante tempestades


