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Brasil Enfrenta Risco de Colapso Fiscal em 2027 com Crescimento de Gastos Obrigatórios

Brasil Enfrenta Risco de Colapso Fiscal em 2027 com Crescimento de Gastos Obrigatórios

Projeções indicam aumento da dívida pública e desafios na sustentabilidade fiscal

O governo brasileiro reconheceu que o atual arcabouço fiscal se tornará insustentável até 2027, devido ao crescimento acelerado de despesas obrigatórias e à inclusão integral dos precatórios no cálculo do resultado primário.Segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, sem reformas estruturais, o país enfrentará dificuldades para manter a estabilidade econômica, com riscos de inflação e aumento da dívida pública.

De acordo com o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, a dívida bruta do governo geral deve atingir 84,2% do PIB em 2028, mesmo com metas de superávit primário crescentes: 0,25% do PIB em 2026, 0,5% em 2027, 1,0% em 2028 e 1,25% em 2029.O aumento da dívida é atribuído principalmente aos elevados pagamentos de juros, com a taxa Selic prevista para permanecer alta nos próximos anos.

A partir de 2027, os precatórios — dívidas judiciais do governo — serão totalmente contabilizados no resultado primário, aumentando a pressão sobre as contas públicas.Atualmente, parte desses pagamentos é excluída do cálculo, mas a mudança exigirá ajustes fiscais significativos para evitar desequilíbrios.

O governo tem ampliado os gastos com programas sociais e emendas parlamentares.Em 2025, o Bolsa Família e outros programas de transferência de renda devem consumir uma parcela significativa do orçamento.Além disso, foram reservados R$ 38,9 bilhões para emendas parlamentares no orçamento de 2025, refletindo o aumento da influência do Congresso na alocação de recursos.

Especialistas alertam que, sem reformas estruturais para conter o crescimento das despesas obrigatórias e revisar benefícios fiscais, o Brasil enfrentará dificuldades para estabilizar a dívida pública.A ministra Simone Tebet destacou a importância de aproveitar a janela de oportunidade no final de 2026 para implementar ajustes fiscais, antes que o cenário se deteriore ainda mais.

O cenário fiscal brasileiro exige atenção e ações concretas para evitar um colapso das contas públicas em 2027.A combinação de crescimento das despesas obrigatórias, inclusão total dos precatórios no resultado primário e aumento da dívida pública coloca o país diante de desafios significativos que demandam reformas estruturais urgentes.

Vitor Polinski

Vitor Polinski

Vitor Gabriel Polinski é Sócio e COO da Libertom LLC, além disso é redator da Libertom News, trazendo análises aprofundadas sobre liberdade financeira, tecnologia e mercados digitais. Com experiência em marketing estratégico e gestão empresarial, seu foco é traduzir temas complexos em insights acessíveis, conectando inovação e conhecimento para a nova economia.