No último domingo, 6 de abril de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro liderou uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, reunindo aproximadamente 59.900 apoiadores, segundo estimativas. O evento teve como principal objetivo solicitar anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em depredações nas sedes dos Três Poderes em Brasília.
Bolsonaro, durante seu discurso de cerca de 25 minutos, afirmou que eleições em 2026 sem sua participação representariam uma negação da democracia:
"Eleições 2026 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia, escancarar a ditadura no Brasil."
O ex-presidente também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelos processos relacionados aos eventos de 8 de janeiro:
"Só um psicopata para falar que aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro foi tentativa armada de golpe militar."
A manifestação contou com a presença de mais de 100 autoridades políticas, incluindo sete governadores:
- Tarcísio de Freitas (São Paulo)
- Romeu Zema (Minas Gerais)
- Ratinho Júnior (Paraná)
- Jorginho Mello (Santa Catarina)
- Ronaldo Caiado (Goiás)
- Wilson Lima (Amazonas)
- Mauro Mendes (Mato Grosso)
O governador Tarcísio de Freitas enfatizou a urgência da anistia como meio de pacificar o país:
"Temos urgência porque precisamos pacificar o Brasil. Olhar para frente e discutir o que interessa."
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também participou do evento, reforçando o apoio à causa. O Partido Liberal (PL) está promovendo um projeto de lei que visa conceder anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, argumentando que as penas aplicadas são desproporcionais.
A manifestação na Avenida Paulista é parte de uma estratégia de Bolsonaro para manter sua base mobilizada e buscar reverter sua inelegibilidade, que o impede de concorrer nas eleições até 2030. O ex-presidente planeja uma série de eventos pelo país com esse objetivo.