Em fevereiro de 2025, a dívida pública bruta do Brasil escalou para 76,2% do Produto Interno Bruto (PIB), um aumento de 0,5 ponto percentual em relação aos 75,7% registrados no mês anterior, conforme dados recém-divulgados pelo Banco Central.
Simultaneamente, a dívida líquida do setor público apresentou crescimento mais moderado, passando de 61,1% para 61,4% do PIB no mesmo período.
Apesar desses indicadores preocupantes, o setor público consolidado registrou resultado melhor que o esperado nas contas primárias. O déficit primário de R$ 18,973 bilhões em fevereiro ficou consideravelmente abaixo das expectativas do mercado, que projetava um saldo negativo de R$ 31,5 bilhões, segundo economistas consultados pela Reuters.
Este desempenho foi composto por:
- Déficit de R$ 28,517 bilhões no governo central
- Superávit de R$ 9,244 bilhões em Estados e municípios
- Saldo positivo de R$ 299 milhões nas empresas estatais
O crescimento da dívida pública evidencia os persistentes desafios fiscais do país, especialmente em um contexto de custos elevados com o serviço da dívida. A taxa básica de juros (Selic), fixada em 14,25% ao ano em fevereiro como instrumento de combate à inflação, contribui significativamente para esse cenário.
Os números reforçam a necessidade urgente de implementação de políticas fiscais e monetárias coordenadas que assegurem a sustentabilidade das contas públicas e promovam a estabilidade macroeconômica brasileira no médio e longo prazo.